Projeto: “Comemoração dos 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga”
Objetivo: Estudar a cultura popular através do artista; Valorizar a cultura brasileira. Conhecer a história de vida de Luis Gonzaga; Conhecer algumas obras musicais de Luiz Gonzaga, Ler e interpretar textos e imagens;________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Público alvo: alunos de 1º ao 5º ano
Início: Fevereiro – Fechamento: Junho
Objetivos:Disciplina - Educação física – Contribuir para o desenvolvimento das coordenações sensório motoras, trabalhar o senso rítmico, favorecer a socialização, desenvolver o gosto pela dança e música, perpetuar tradições folclóricas, proporcionar contato sadio entre ambos os sexos, disciplinar emoções como:timidez, agressividade e prepotência.
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Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, no dia 13 de dezembro de 1912, um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião.
Foi uma das mais completas e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Giló (1949) e Baião de Dois (1950).
Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista
Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, foxtrotes e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata. Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe , um tema de sabor regional, de sua autoria. O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. Vira e mexe foi a primeira música que gravou em disco.
Veio depois a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Foi lá que tomou contato com o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava os trajes típicos da sua região. Foi do contato com este artista que surgiu a ideia de Luiz Gonzaga apresentar-se vestido de vaqueiro - figurino que o consagrou como artista.
Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.
Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e o reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, parceria com Humberto Teixeira.
Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua". E com ela teve outro filho que Lua a Chamava de Rosinha.
Gonzaga sofria de osteoporose. Morreu em Recife no dia 2 de agosto de 1989 vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha "persona non grata" em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado em seu município natal.
Sucessos
- A dança da moda, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
- A feira de Caruaru, Onildo Almeida (1957)
- A letra I, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
- A morte do vaqueiro, Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho (1963)
- A triste partida, Patativa do Assaré (1964)
- A vida do viajante, Hervé Cordovil e Luiz Gonzaga (1953)
- Acauã, Zé Dantas (1952)
- Adeus, Iracema, Zé Dantas (1962)
- Á-bê-cê do sertão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
- Adeus, Pernambuco, Hervé Cordovil e Manezinho Araújo (1952)
- Algodão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
- Amanhã eu vou, Beduíno e Luiz Gonzaga (1951)
- Amor da minha vida, Benil Santos e Raul Sampaio (1960)
- Asa-branca, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
- Assum-preto, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
- Ave-maria sertaneja, Júlio Ricardo e O. de Oliveira (1964)
- Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)
- Baião da Penha, David Nasser e Guio de Morais (1951)
- Beata Mocinha, Manezinho Araújo e Zé Renato (1952)
- Boi bumbá, Gonzaguinha e Luiz Gonzaga (1965)
- Boiadeiro, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)
- Cacimba Nova, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
- Calango da lacraia, Jeová Portela e Luiz Gonzaga (1946)
- O Cheiro de Carolina, - Sua Sanfona e Sua Simpatia - Amorim Roxo e Zé Gonzaga (1998)
- Chofer de praça, Evaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)
- Cigarro de paia, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1951)
- Cintura fina, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
- Cortando pano, Jeová Portela, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
- De Fiá Pavi (João Silva/Oseinha) (1987)
- Dezessete légua e meia, Carlos Barroso e Humberto Teixeira (1950)
- Feira de gado, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
- Firim, firim, firim, Alcebíades Nogueira e Luiz Gonzaga (1948)
- Fogo sem fuzil, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
- Fole gemedor, Luiz Gonzaga (1964)
- Forró de Mané Vito, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
- Forró de Zé Antão, Zé Dantas (1962)
- Forró de Zé do Baile, Severino Ramos (1964)
- Forró de Zé Tatu, Jorge de Castro e Zé Ramos (1955)
- Forró no escuro, Luiz Gonzaga (1957)
- Fuga da África, Luiz Gonzaga (1944)
- Hora do adeus, Luiz Queiroga e Onildo Almeida (1967)
- Imbalança, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
- Jardim da saudade, Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1952)
- Juca, Lupicínio Rodrigues (1952)
- Lascando o cano, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
- Légua tirana, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
- Lembrança de primavera, Gonzaguinha (1964)
- Liforme instravagante, Raimundo Granjeiro (1963)
- Lorota boa, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
- Moda da mula preta, Raul Torres (1948)
- Moreninha tentação, Sylvio Moacyr de Araújo e Luiz Gonzaga (1953)
- No Ceará não tem disso, não, Guio de Morais (1950)
- No meu pé de serra, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
- Noites brasileiras, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
- Numa sala de reboco, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
- O maior tocador, Luiz Guimarães (1965)
- O xote das meninas, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
- Ô véio macho, Rosil Cavalcanti (1962)
- Obrigado, João Paulo, Luiz Gonzaga e Padre Gothardo (1981)
- O fole roncou, Luiz Gonzaga e Nelson Valença (1973)
- Óia eu aqui de novo, Antônio Barros (1967)
- Olha pro céu, Luiz Gonzaga e Peterpan (1951)
- Ou casa, ou morre, Elias Soares (1967)
- Ovo azul, Miguel Lima e Paraguaçu (1946)
- Padroeira do Brasil, Luiz Gonzaga e Raimundo Granjeiro (1955)
- Pão-duro, Assis Valente e Luiz Gonzaga (1946)
- Pássaro carão, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1962)
- Pau-de-arara, Guio de Morais e Luiz Gonzaga (1952)
- Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
- Pé de serra, Luiz Gonzaga (1942)
- Penerô xerém, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
- Perpétua, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1946)
- Piauí, Sylvio Moacyr de Araújo (1952)
- Piriri, Albuquerque e João Silva (1965)
- Quase maluco, Luiz Gonzaga e Victor Simon (1950)
- Quer ir mais eu?, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1947)
- Quero chá, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
- Padre sertanejo, Helena Gonzaga e Pantaleão (1964)
- Respeita Januário, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
- Retrato de Um Forró,Luiz Ramalho e Luiz Gonzaga (1974)
- Riacho do Navio, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
- Sabiá, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1951)
- Sanfona do povo, Luiz Gonzaga e Luiz Guimarães (1964)
- Sanfoneiro Zé Tatu, Onildo Almeida (1962)
- São-joão na roça, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
- Siri jogando bola, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1956)
- Tropeiros da Borborema, Raimundo Asfora / Rosil Cavalcante
- Vem, morena, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
- Vira-e-mexe, Luiz Gonzaga (1941)
- Xanduzinha, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
- Xote dos cabeludos, José Clementino e Luiz Gonzaga (1967)
O estado de Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98 311 km² (pouco menor que a Coreia do Sul). Também fazem parte do seu território os arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo. Sua capital é a cidade do Recife e a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas.O atual governador é Eduardo Campos (PSB).
O maior aglomerado urbano de Pernambuco é a Região Metropolitana do Recife (RMR), um dos principais polos industriais do Nordeste. As cidades mais importantes fora da RMR são: Vitória de Santo Antão, Goiana e Carpina, na Zona da Mata; Caruaru, Garanhuns e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste; e Petrolina, Serra Talhada e Araripina, no Sertão.
Uma das primeiras regiões do Brasil a ser ocupada pelos portugueses, Pernambuco foi também o mais importante núcleo econômico e um dos principais núcleos políticos do período colonial. O estado teve ativa participação em diversos episódios da história brasileira: foi palco das Batalhas dos Guararapes, decisivas na Insurreição Pernambucana e consideradas a origem do Exército Brasileiro; e serviu de berço a movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, como a Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolta Praieira.
Pernambuco é atualmente o décimo estado mais rico do Brasil; e Recife a cidade com o maior PIB per capita entre as capitais da Região Nordeste. No estado nasceram nomes de destaque da indústria brasileira, como Norberto Odebrecht, José Ermírio de Morais e Antônio de Queiroz Galvão. O nível de desenvolvimento social pernambucano é superior ao dos países menos avançados, mas ainda está abaixo da média brasileira. Não obstante, Pernambuco detém o melhor serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e Sul brasileiro segundo o IBGE, e apresenta a terceira melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste segundo a FIRJAN.
Conhecido por sua ativa e rica cultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o frevo, o maracatu e os pastoris, bem como detentor de um vasto patrimônio histórico, artístico e arquitetônico, sobretudo no que se refere ao período colonial. Na década de 1990, surgiu em Pernambuco o mangue beat, amálgama do rock, do pop, do rap e do funk com os ritmos locais. O estado também deu origem a grandes literatos brasileiros, como Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Nabuco, entre muitos outros, e participou do movimento de renovação e internacionalização das artes visuais e design brasileiros, com nomes como Cícero Dias, Romero Britto, Vicente do Rego Monteiro e Andree Guittcis. Pernambuco deu origem ainda a grandes nomes das ciências exatas, como Mário Schenberg, Leopoldo Nachbin, Paulo Ribenboim, Israel Vainsencher, entre outros tantos.
A culinária pernambucana foi influenciada diretamente pelas culturas portuguesa, africana e indígena. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região, resultando em combinações únicas de sabores, cores e aromas.
Os pratos mais conhecidos são: a carne de sol, a tapioca, o arrumadinho de charque, o queijo de coalho, o escondidinho de charque, o sarapatel, o sururu, a caldeirada, o cozido e o feijão de coco, entre outros. Entre as sobremesas podemos citar: o bolo de rolo, bolo pé de moleque, bolo de macaxeira e o sorvete de tapioca.
O bolo de rolo e a tapioca receberam, por lei, status de patrimônio imaterial de Pernambuco e de Olinda, respectivam
Carnaval
O carnaval pernambucano, especialmente em Olinda e Recife, é um dos mais animados do país, e essa característica cresceu paralelamente à extinção do carnaval de rua na maior parte das cidades brasileiras, por causa do desfile das escolas de samba. As principais atrações do carnaval pernambucano — cujos bailes também são os mais animados — são, na rua, o frevo, o maracatu, as agremiações de caboclinhos, a imensa participação popular nos blocos (reminiscências modernizadas dos antigos "cordões") e os clubes de frevo. Em Recife e Olinda os foliões cantam e dançam, mesmo sem uniformes ou fantasias, ao som das orquestras e bandas que fazem a festa. Os conjuntos de frevo mais animados são os Vassourinhas, Toureiros, Lenhadores e outros.
Agremiações carnavalescas semelhantes aos clubes e blocos, embora menos pretensiosas. Têm origem nas camadas mais pobres da população recifense e, geralmente, desfilam acompanhadas de pequenas orquestras e sem muito luxo. Tradicionalmente, só se apresentavam durante o dia, no período de carnaval
Artesanato
O artesanato de Pernambuco espelha e manifesta populações, sociedades detentoras de saberes, de tecnologias, de maneiras de transformar o que a generosa natureza oferece em matérias-primas, possibilitando inúmeras produções que abastecem o imaginário com louças de barro, entalhes nas madeiras, tecelagem de fios, redes de dormir, indumentárias, couro, papel, reciclagem de diferentes materiais, etc...Foram Holandeses, Africanos, Índios, Portugueses, Judeus, Sírios, Libaneses, entre tantos e tantos outros que introduziram culturas e, assim, diferentes maneiras de ver e interpretar o mundo.Caruaru: tendo como celebridade o mestre Vitalino, estabelece-se um vasto núcleo de artistas do barro. A arte do barro é uma atividade milenar existente há mais de 3.000 anos antes de Cristo. No Brasil é uma prática muito representativa para a cultura popular.
Mestre Vitalino
Ceramista popular pernambucano (1909-1963). É considerado um dos maiores artistas populares do Nordeste e seu estilo é copiado por muitos artesãos. Vitalino Pereira dos Santos nasce em Caruaru, filho de um lavrador e de uma artesã de panelas de barro.
Aprende o ofício com a mãe e, a partir dos 6 anos, executa, com as sobras das panelas, pequenos animais para vender na feira. Em 1930 começa a modelar grupos humanos e, a partir de 1935, grandes conjuntos que o tornam conhecido.
Oferecendo seu trabalho na feira de Caruaru, contribui para fazer da cidade o grande centro ceramista do Nordeste. Em 1947 esse trabalho chama a atenção do pintor Augusto Rodrigues, que organiza no Rio de Janeiro a I Exposição de Cerâmica Pernambucana, que dá fama nacional a Mestre Vitalino.
Sua obra compreende mais de cem peças de diversos tamanhos feitas de massapé, extraído do rio Ipojuca, que se encontram nos principais museus do país. Destacam-se Casa de Farinha, Zabumba, Lampião e Vaquejada. Assina, a partir de 1949, peças marcadas com o carimbo VPS. Morre em Caruaru.
Dança
Baião - É uma dança muito popular no interior do Nordeste brasileiro; denomina, também, o gênero de música tocada nessas festas e um pequeno trecho musical executado pelos cantadores de viola nos intervalos dos improvisos de uma cantoria. O conjunto típico exigido pelo baião (baile e música) inclui sanfona, triângulo e zabumba.
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Maracatu - Agremiações surgidas no Recife, que saem às ruas representando Nações Africanas, acompanhadas por orquestra de percussão formada por tarol, caixas, gonguês, ganzás, chocalhos etc. Existem dois tipos de maracatus: o urbano e o rural.
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Xote - Dança de salão cujos passos se aproximam da polca. Música que acompanha essa dança.
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Xaxado - Dança exclusivamente masculina, originária do sertão de Pernambuco e, segundo Luís da Câmara Cascudo (Dicionário do Folclore Brasileiro), divulgada até regiões da Bahia pelo cangaceiro Lampião e pelos integrantes do seu bando.
A dança é um rápido e deslizado sapateado. Originalmente, não tinha acompanhamento instrumental, os dançarinos apenas repetiam, em uníssono, a quadra e o refrão. No caso dos cangaceiros, justificava-se a ausência da figura feminina "porque o rifle era a dama". Posteriormente, o xaxado ganhou acompanhamento musical - zabumba, pífano, triângulo, sanfona- e passou a aceitar a participação de mulheres. |
Ciranda - Dança de roda (diferente das "cirandinhas" infantis) muito conhecida não apenas no Nordeste, bem como em outras regiões brasileiras. Foi trazida de Portugal e é dançada ao som de tarol e bombo, com o "mestre" cantando trovas e comandando a festa. Todos os participantes, homens e mulheres, dançam de mãos dadas, formando um grande círculo.
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Frevo -Música característica do carnaval pernambucano, surgiu no Recife por volta de 1900. É uma espécie de marcha de ritmo sincopado e frenético, que é sua característica principal.
O bailado ao som do frevo é denominado passo; o dançarino, chama-se passista. A sobrinha que hoje é símbolo do carnaval de Pernambuco surgiu em decorrência do clima quente do recife: era a proteção contra o sol, usada pelas pessoas que acompanhavam as bandas na rua. |
Dança de São Gonçalo - Dança religiosa antigamente realizada no interior das igrejas de São Gonçalo, santo português, festejado a 10 de janeiro, data de sua morte em 1259. realizada em portugal desde o Século XIII, chegou ao Brasil em princípios do Século XVIII, com os fiéis do santo de Amarante. Primeiro, ocorreu na Bahia e, em seguida, espalhou-se por vários pontos do Brasil. No início do Século XIX, a dança foi proibida no interior das igrejas e passou a realizar-se em galpões improvisados. Só é dançada por promessa, nunca por distração ou curiosidade.
A coreografia varia de acordo com a região, mas em geral a dança é organizada em filas opostas (uma de homens, outra de mulheres), puxadas pelo guia e pela contra-guia. Tudo acontece diante do altar com a imagem do santo e os músicos (viola, rabeca, etc.) são apenas os homens. A dança consta de dez jornadas -séries de versos cantados sem interrupção e com a mesma música. Atualmente, a dança é um dos espetáculos mais conhecidos do folclore nordestino e São Gonçalo do Amarante é tido como santo casamenteiro.
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Culinária
A culinária pernambucana teve influência indígena, a africana e portuguesa. Esta mistura de tradições e culturas resultou em uma culinária rica de sabores, cores e perfumes. Esta mistura de tradições e culturas resultou em uma culinária rica de sabores, cores e perfumes. As tradições são muitas e sempre seguidas à risca.
Na Semana Santa, por exemplo, não falta à mesa da família pernambucana o peixe ou camarão acompanhados de bredo, arroz e feijão cozidos no leite de coco.
No São João as comidas de milho estão presentes na pamonha, canjica (no Sul do país conhecido como curau), bolo de milho. Mas não é só isso. Também não faltam na mesa junina os bolos de macaxeira, pé-de-moleque e o famoso bolo Souza Leão (receita secreta da família de mesmo nome). A culinária pernambucana é tão rica que o sociólogo Gilberto Freyre dedicou ao assunto um livro onde mescla as receitas mais famosas e suas histórias.
Literatura de cordel
Literatura popular, impressa em forma de versos, apresentada em pequenos folhetos que trazem histórias fantásticas saídas da imaginação dos seus criadores ("A Mãe que Xingou o Filho no Ventre e ele Nasceu com Chifre e com Rabo") ou relatam tragédias ("As Enchentes no Brasil no Ano 74"), fatos históricos ("A Guerra de Canudos") etc.
Os folhetos são livrinhos de 4 por 6 polegadas, impressos em papel barato e geralmente têm a capa ilustrada por uma xilogravura. Por muito tempo, esses folhetos foram a única fonte de informação e divertimento da população mais pobre do Nordeste e ainda hoje eles são encontrados em feiras-livres e mercados populares.
O termo Literatura de Cordel deve-se ao fato de que os folhetos ficavam expostos à venda pendurados num barbante (cordão, cordel). A origem do folheto de Cordel, segundo Luís da Câmara Cascudo, deve-se à iniciativa dos cantadores de viola em imprimir e vender a sua poesia e à "adaptação à poesia das histórias em prosa que vieram de Portugal e da Espanha".
Em Portugal, o folheto era conhecido por "Literatura de Cego", devido a uma lei promulgada por Dom João VI que limitava a sua venda à Irmandade do Menino Jesus dos Homens Cegos de Lisboa.O folheto em Portugal era escrito em forma de prosa. Ao chegar ao Brasil, passou a ser escrito em sextilhas de versos de sete sílabas.
O primeiro brasileiro a publicar um romance de Cordel foi, provavelmente, Sílvio Pirauá (1848/1913), famoso cantador de viola paraibano.Os poetas populares do Nordeste dividem a Literatura de Cordel em dois tipos: Romance (ficção) e Folheto de Época (narrativa de fatos).
Os temas da Literatura de Cordel há muito são estudados por folcloristas, sociólogos e antropólogos, que chegam a apresentar conclusões polêmicas e algumas vezes contraditórias quanto à sua classificação.
Detalhes à parte quanto às várias propostas, os folhetos se dividem entre os de assuntos descritivos e os narrativos. É no primeiro grupo que estão incluídos os folhetos de conselho, eras, corrupção, profecias e de discussão, que guardam um certo parentesco entre si por encerrarem uma mensagem moralista, freqüentemente ligada a uma ética e a uma sabedoria sertanejas.
As características gráficas e temáticas dos folhetos podem variar de acordo com o deslocamento da área de atuação do poeta que, muitas vezes, se depara com um público de concepções e comportamento diferentes aos do matuto nordestino. Exemplo disso é o cordelista Raimundo Santa Helena, tema de mestrado na UFRJ e um dos expoentes hoje da Literatura de Cordel. Paraibano radicado no Rio de Janeiro, Santa Helena mantém, em sua produção literária, o ideário e sensibilidade das composições poéticas dos folhetos nordestinos, e empenha-se, principalmente, em derrubar o mito de Virgulino Ferreira, o Lampião, que teria assassinado seu pai e violentado sua mãe em 1927.
Lampião e Maria Bonita
A violência aplicada na colonização para tomar posse das terras indígenas, ainda pairava no ar seco do sertão.
Nos brejos perenes e em períodos de chuva, o interior nordestino tornava-se promissor e produzia muito, mas entre as fazendas havia muitos bandidos que ameaçavam esse progresso.
Os coronéis, que exploravam e oprimiam o povo, não admitiam as ações desses bandidos em seus territórios, tendo nos jagunços e na volante da polícia a segurança local.
Essa contradição de segurança despertou em homens bravios, o sentimento de injustiça, e o abuso de autoridade por parte dos coronéis gerou rixas, que fizeram surgir o cangaço no contexto histórico nordestino.
O cangaço tomou força no começo do século XX e os grupos atuavam em todo o sertão, foi um acontecimento social que produziu uma cultura ímpar, com indumentária, música, versos, dança e um jeito de ser bem característicos.
Luiz Gonzaga tomou emprestadas essas características e absorveu essa cultura para se lançar no cenário da música brasileira.
Os cangaceiros eram homens valentes que começaram a agir por conta própria, através das armas, desafiando grandes fazendeiros e cometendo agressões. Geralmente, os cangaceiros saíam da lida com o gado.
Eram vaqueiros habilidosos, que faziam as próprias roupas, caçavam e cozinhavam, tocavam o pé-de-bode (sanfona de oito baixos) em dias de festa, trabalhavam com couro, amansavam animais, desenvolvendo um estilo de vida miliciano e, apesar da vida criminosa, eram muito religiosos.
A astúcia e a ousadia nos ataques às fazendas e cidades era outra característica desses guerreiros, que quase sempre saíam vitoriosos das investidas, mas às vezes levavam desvantagem, por isso tinham uma vida cigana, de estado em estado, de fronteira em fronteira.
Vestiam-se com roupas de tecido grosso, ou até com gibão, calçavam alpercata, usavam chapéus de couro com abas largas e viradas para cima, gostavam de lenços no pescoço, de punhais compridos na cintura, cartucheiras atravessadas ao peito disputando espaço com as cangas, que eram as bolsas, cabaças e outros suportes, utilizados para transportar os objetos pessoais.
Pelo Nordeste havia vários grupos de cangaço, porém o mais famoso foi o de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, um pernambucano que desafiou todos os poderes políticos. Ficou conhecido pela bravura, a qual Luiz Gonzaga venerava e cantava.
Cinco Versos Para Gonzagão
Pelo Luar do Sertão
Bonito, que faz chorar.
Pela força de um cantar
Que embala o coração,
Pela voz, pela emoção,
Pelo chão, seco e rachado,
De um Nordeste flagelado,
Pela luta, pela lida,
Cantada em Triste Partida,
Luiz Gonzaga, obrigado!
Pela Sala de Rebôco,
A casinha de sapé,
Por Padin Ciço, sua fé,
Esperança, no sufôco,
Todo obrigado é pôco,
Nâo há poesia que paga
A beleza dessa saga
Iluminando o Sertão
Na fé de Frei Damião,
Obrigado, Luiz Gonzaga!
Pela estória do jumento
Por Karolina com K,
Pela beleza que há
Em "Dezesete e seticento"
Neste meu depoimento
Que faço, todo feliz
Meu verso, alegre só diz
Sabendo ser verdadeiro
A esse grande brasileiro:
Obrigado, Seu Luiz!!!
Por seu filho Gonzaguinha
Que contigo foi morar,
Mas soube valorizar
Com amor, o pai que tinha,
Cantando como convinha
Herdando tua emoção,
Que gravou com o coração
A vida do Viajante,
Eu repito, a todo instante:
Obrigado, Gonzagão!
Por sua sanfona branca
A alegrar brasileiros
Pelos temas tão faceiros
Que cantou, sem botar banca,
A saudade nunca estanca
E eu digo, emocionado
A este Rei coroado:
Seu povo ainda lhe quer,
Deus lhe guarde, onde estiver,
Luiz Gonzaga, obrigado!
Bonito, que faz chorar.
Pela força de um cantar
Que embala o coração,
Pela voz, pela emoção,
Pelo chão, seco e rachado,
De um Nordeste flagelado,
Pela luta, pela lida,
Cantada em Triste Partida,
Luiz Gonzaga, obrigado!
Pela Sala de Rebôco,
A casinha de sapé,
Por Padin Ciço, sua fé,
Esperança, no sufôco,
Todo obrigado é pôco,
Nâo há poesia que paga
A beleza dessa saga
Iluminando o Sertão
Na fé de Frei Damião,
Obrigado, Luiz Gonzaga!
Pela estória do jumento
Por Karolina com K,
Pela beleza que há
Em "Dezesete e seticento"
Neste meu depoimento
Que faço, todo feliz
Meu verso, alegre só diz
Sabendo ser verdadeiro
A esse grande brasileiro:
Obrigado, Seu Luiz!!!
Por seu filho Gonzaguinha
Que contigo foi morar,
Mas soube valorizar
Com amor, o pai que tinha,
Cantando como convinha
Herdando tua emoção,
Que gravou com o coração
A vida do Viajante,
Eu repito, a todo instante:
Obrigado, Gonzagão!
Por sua sanfona branca
A alegrar brasileiros
Pelos temas tão faceiros
Que cantou, sem botar banca,
A saudade nunca estanca
E eu digo, emocionado
A este Rei coroado:
Seu povo ainda lhe quer,
Deus lhe guarde, onde estiver,
Luiz Gonzaga, obrigado!
E, num momento de gratidão, não resisti e deixei brotar, do fundo da alma, estes cinco versos, agradecendo a Seu Luiz pela felicidade de ser seu conterrâneo!
Seu Luiz, Deus te abençoe e te acolha, para sempre!...
(Luiz Carlos Lemos)
Fontes:
http://www.luizluagonzaga.mus.br
www.wikipédia.com.br
www.museuluizgonzaga.com.br
http://www.alunosweb.com.br/16/carolina/literatura.htm
www.recife.pe.gov.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cangaco/cangaco-1.php
http://www.algosobre.com.br/biografias/mestre-vitalino.html
ESSE PROJETO FOI ENVIADO PARA OS PROFESSORES SOLIDÁRIOS POR MARIA ISABEL.
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